18/01/2013

Presa sem algemas nos pulsos


A vida pregou-me mais uma rasteira, mais uma vez fez-me cair, esfolei o braço, magoei as costas, raspei o joelho… Estou perdida. Não encontro um mapa que me leve à saída, não encontro uma estrela que me conduza, Um anjo que me mostre o caminho. Viver não é fácil… nós somos frágeis.
Pergunto-me “O que me espera?”. Mágoa, dor, raiva, revolta, sofrimento, separações, brigas, ofensas… a morte? Continuo-o a mesma menininha inútil, confusa, esquecida, coberta de frustrações, iludida pelas realidades da vida, presa sem algemas nos pulsos. Continuo sem perceber qual a necessidade das pessoas em alimentar o meu sofrimento. Em vez de progredirem, de avançarem, de crescerem, perdem tempo, a magicar qual a melhor forma de me fazer cair. Nem sempre fui muito organizada, porém consigo separar as ervas daninhas dos aliados.
Mais uma noite e eu aqui a tentar dormir, desisto, tu entraste na minha cabeça, com um pacote de problemas incluído, e já não saíste. Não existe solução, nem remédio, a causa da minha insónia não é o café. A história é a mesma só muda as personagens do enredo, é que o “para sempre”, de hoje em dia, tem sempre um fim.
Eu posso viajar por todo este mundo, ir até à Lua, passar por Marte e espreitar Saturno, contudo o mais parecido com o paraíso que encontro é o teu olhar. Acredita em mim, eu já procurei um lugar mais seguro que os teus braços e não encontrei. Esforcei-me para traçar o nosso caminho, sem desvios, sem atalhos, mas para criar um par são precisas duas meias. Eu… Tu… Ligas-me quando te chateias com a vida, choras, apertas-me a mão, contas-me os teus problemas, eu não me importaria desde que me chamasses solução.
Mas agora já chega, estou cansada, choro por tudo, por nada e por mais qualquer coisa, estou exausta, já nem a lua me faz sorrir. Eu gostava de acabar com qualquer coisa forte, mas se não posso dizer que te amo, então prefiro não dizer nada. 

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