A vida
pregou-me mais uma rasteira, mais uma vez fez-me cair, esfolei o braço, magoei
as costas, raspei o joelho… Estou perdida. Não encontro um mapa que me leve à
saída, não encontro uma estrela que me conduza, Um anjo que me mostre o
caminho. Viver não é fácil… nós somos frágeis.
Pergunto-me
“O que me espera?”. Mágoa, dor, raiva, revolta, sofrimento, separações, brigas,
ofensas… a morte? Continuo-o a mesma menininha inútil, confusa, esquecida,
coberta de frustrações, iludida pelas realidades da vida, presa sem algemas nos
pulsos. Continuo sem perceber qual a necessidade das pessoas em alimentar o meu
sofrimento. Em vez de progredirem, de avançarem, de crescerem, perdem tempo, a
magicar qual a melhor forma de me fazer cair. Nem sempre fui muito organizada,
porém consigo separar as ervas daninhas dos aliados.
Mais uma
noite e eu aqui a tentar dormir, desisto, tu entraste na minha cabeça, com um
pacote de problemas incluído, e já não saíste. Não existe solução, nem remédio,
a causa da minha insónia não é o café. A história é a mesma só muda as
personagens do enredo, é que o “para sempre”, de hoje em dia, tem sempre um
fim.
Eu posso
viajar por todo este mundo, ir até à Lua, passar por Marte e espreitar Saturno,
contudo o mais parecido com o paraíso que encontro é o teu olhar. Acredita em
mim, eu já procurei um lugar mais seguro que os teus braços e não encontrei.
Esforcei-me para traçar o nosso caminho, sem desvios, sem atalhos, mas para
criar um par são precisas duas meias. Eu… Tu… Ligas-me quando te chateias com a
vida, choras, apertas-me a mão, contas-me os teus problemas, eu não me
importaria desde que me chamasses solução.
Mas agora já
chega, estou cansada, choro por tudo, por nada e por mais qualquer coisa, estou
exausta, já nem a lua me faz sorrir. Eu gostava de acabar com qualquer coisa
forte, mas se não posso dizer que te amo, então prefiro não dizer nada.
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