08/03/2018

Mulher quem te viu e quem te vê...


Há, ainda, quem afirme que desigualdade de género já não se usa e que já passou da moda. Mas lutar pelos meus, pelos direitos das minhas irmãs e pelos das futuras gerações não é moda, é frustração de anos a “beijar” o chão que os homens pisam, é incómodo de ter de ouvir “homem não chora”, “o lugar das meninas é na cozinha a aprender a cozinhar” e farta de reponder “Estamos no século XXI!”e sabem o que é que me respondem? “No meu tempo não era assim…”.
No teu tempo, as meninas andavam nas escolas até os pais (pai, não mãe) deixar. No teu tempo, Salazar era primeiro-ministro. No teu tempo, não podias votar. No teu tempo, a tua opinião era inferior à do teu filho de 11 anos. No teu tempo, não eras ninguém, nem para os homens nem para o país. No teu tempo, eras vista como um robot doméstico, eras para ser vista a trabalhar, mas não ouvida. No teu tempo, não eras mulher. Queres que fique tudo igual de novo? Queres tirar todas as oportunidades às nossas meninas? Queres que voltem a ficar confinadas a arrumar a casa o dia todo? Queres que todas as suas opiniões sejam só ouvidas pelas amigas?
Eu também não! Eu quero que a minha filha chegue a casa na segunda feira do trabalho, com a casa arrumada, roupa estendida e jantar ao lume. E, que, no dia seguinte, o seu marido/ sua mulher chegue a casa e tenha a mesma satisfação que ela teve. Quero que ganhe exatamente o mesmo que o seu colega de trabalho. Quero que tenha a possibilidade de dizer que não quer ter filhos e que, por isso, não seja julgada. Quero que possa andar descansada na rua de noite, sem ter de olhar para trás 5 em 5 segundos, com o medo de estar a ser seguida. Espero que estes homens e mulheres, que não lutam pela igualdade de direitos e oportunidades, percebam que o tempo deles chegou ao fim.


"Here's to strong women. May we know them. May we be them. May we raise them."
Rita Mendes

"A Coroa", Kiera Cass


Não sei bem como dar a minha opinião acerca dos dois últimos livros da saga A Seleção, é tão diferente, mas ao mesmo tempo tão semelhante. Tenho pena de não haver muitos momentos “Aww”, como havia na seleção do Maxon e da America, como também não os consigo imaginar mais velhos, na minha cabeça continuam dois adolescentes e ainda não se passaram, os ditos 20 anos. Em relação à Eadlyn, adoro-a, mas não torci tanto por ela, como torci pela a America ou pelo Maxon. Em relação aos selecionados os meus favoritos são o Kile e o Hale, mas não havia magia entre os selecionados e a princesa, por isso não tinha um favorito favorito, eram simplesmente os mais queridos e engraçados. Tenho pena de ter acabado, mas estou feliz ao mesmo tempo, não é a mesma coisa se o foco da história não girar à volta da America e do Maxon. 
Adorei a reviravolta deste último livro, não estava nada à espera de que fosse possível tais alterações, sempre tive dúvidas, mas nunca certezas. Para mim, a Eadlyn é uma rainha extremamente inteligente e, sem desvalorizar a America porque não sei como foi o reinado dela, nem da sogra,  três vezes melhor que a avó e do que a mãe. Tivemos hipótese de ver como as pessoas reagiram aos dois herdeiros, tanto ao herdeiro masculino, o Maxon, como o feminino, a Eady e a diferença como as pessoas os tratavam e na confiança que depositavam.
“Deus salve a rainha Eadlyn”

Quando estava a pensar em quem podia ser a Eadlyn, sem a ser a menina da capa, que sinceramente na minha cabeça não lhe faz justiça, depois de ponderar várias imagens e pessoas (Shelley Hennig e Lily Colins) achei que esta imagem era o espelho de Eadlyn, não só por causa da coroa, como também devido ao olhar extremamente poderoso e perspicaz, achei que a Hailee Steinfeld era a minha Eadlyn perfeita.

Chegada a hora de encontrar o gémeo, Ahren, da princesa, não tive muita dificuldade, pois o primeiro rapaz que pensei que viajaria para o outro lado do mundo só para ver a namorada a sorrir, foi a imagem de Augustus (Ansel Elgort, no A Culpa é das Estrelas).

Um dos meus selecionados favoritos é Kile Woodwork, na minha cabeça ele era alto, lindo e tinha óculos, mas no momento em que o Brenton Thwaites   apareceu fez-se luz, não importava que não tivesse óculos, houve um “click”, um chamamento divino que disse “He voluntears as tribute!!”, soube na hora que este menino seria o meu Kile.

Já o Hale, foi mais difícil, andei a ver outros cast de fãs, mas nada me lembrava o Hale, até que no meio de tantas imagens, apareceu a minha salvação, Alex Pettyfer, não é que o achasse igual, não houve nada parecido com um “click”, mas acho que o  Alex estava a falar comigo através das luzes de Natal, tal e qual como o Will falou com a Joyce, no momento em que ele apareceu as minha luzes ficaram um pouco loucas, não sei se foi por ele ser um “gato” ou por estarem já a decidir por mim “É este, escolhe este!”, talvez um pouco de ambos.

A Josie foi um decisão bastante simples, pensei por 10 segundos nela e veio-me logo à cabeça as irmãs Fanning, achei que a Elle fosse a que mais se parecia com a personagem, pois ela tem um ar de mimada, mas ao mesmo tempo parece ser humilde, o que me levou à minha escolha final.

Por último, mas não menos importante, a Neena, eu adoro-a, por isso a escolha tinha de ser feita com cuidado. Logo, no primeiro livro Eadlyn disse que a aia era mulata, pensei por algum segundos, até que a Keke Palmer me veio à cabeça. Achei-a bastante parecida é extrovertida, frontal e bonita, uma combinação perfeita entre a Neena e a Keke, até os nomes das duas são invulgares, têm tudo a ver.

“Maybe it's not the first kisses that are supposed to be special. Maybe it's the last ones.” 
Rita Mendes