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Tal como um grego se distância de um romano, também a escrita jornalística se distância da literária. Porque um jornalista pensa nos factos, na liberdade da comunicação, nos conceitos, na veracidade da notícia, pensa de forma prática, de forma produtiva, tal como um romano. Enquanto que um escritor literário segue o tracejado de um grego que procura a perfeição e tem o costume de embelezar a paisagem. No fundo, um texto jornalístico diz: "Eis o mundo!", enquanto que, por seu lado, na literatura este é transformado, por vezes até inventado, nas palavras do escritor. Por fim, enumeradas as semelhanças, repete-se a história e, embora tanto o pragmatismo romano como a busca grega pelo o impensável tenham diversas qualidades, ainda hoje, é mais fácil ser-se romano.